[Por Rosângela Ribeiro Gil] Desconstruir o discurso jornalístico de conglomerados de comunicação, no Brasil, é questão de sobrevivência para saúde mental, convívio social parametrizado pelo lastro civilizatório e democrático e entendimentos políticos e econômicos mais confiáveis. Reflito, neste texto, sobre produções noticiosas  de emissoras de televisão de sinal aberto, em poder dos grandes monopólios. Em 1993, o sociólogo, jornalista e professor da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), Ciro Marcondes Filho (1948-2020), iniciava “Jornalismo: fin-de-siècle”, vaticinando o domínio pleno do verbo e o império das palavras por estarmos “[…] envolvidos por toda sorte de discursos e de falas” (p. 15) em diversas dimensões, da publicidade, política, negócios, ao jornalismo e muito mais, na vida cotidiana. Para ele, a televisão – veículo condutor de mensagens sociais (MARCONDES FILHO, 1988) – tem papel quase absoluto na cena narrativa dominante, constituindo-se em máquina instituidora do “grande discurso da irrealidade, que, por sua vez, é o único discurso social” (1993, p. 35). Hoje, o meio eletrônico tem pares tão poderosos em matéria de proliferação de discursos, também intitulados jornalísticos. Mas, ainda assim, a supremacia televisiva não está abalada pela ascensão dos meios online. | Leia o texto completo