Na mesma semana em que saiu o resultado de que o Rio de Janeiro sediaria a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016, as autoridades governamentais do Rio de Janeiro divulgaram na imprensa listas de favelas que serão removidas, pacificadas e muradas até 2012. Algo parecido ocorreu quando o Rio sediou o PAN em 2007, onde moradores de favelas sofreram graves repressões pela entrada das Forças Armadas e caveirões, sem contar nas inúmeras remoções e muros que foram feitos na época.
Esta semana, em entrevista com a assessoria de comunicação da prefeitura, ela afirmou o seu posicionamento em relação à remoção de algumas comunidades, principalmente as que se encontram localizadas em torno das vias expressas, na Zona Sul e Oeste do Rio de Janeiro. Umas delas é a Vila Autódromo, que já existe há mais de 40 anos, com um total de mais de quatro mil moradores. “Cada favela haverá o seu planejamento. Por causa das Olimpíadas e da Copa do Mundo, custa como uma das ações o reassentamento de algumas comunidades. Serão construídos planos para as Olimpíadas com o programa Minha Casa Minha Vida”, afirmou. Segundo a Prefeitura, as negociações com os moradores já foram feitas, mas não é isso que os moradores dizem. “A Prefeitura não nos procurou ainda, e só sabemos que seríamos removidos através da mídia. Aqui interessa muito a eles porque o terreno está localizado Barra, que é um lugar de grande poder aquisitivo”, diz o morador Altair Antunes Guimarães, de 54 anos, que já sofreu diversas outras remoções. Além da Vila Autódromo, outras comunidades como: Morro da Babilônia, Morro da Providência, dentre outras, sofreram o mesmo.
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