Desde 2006, o Programa Outro Brasil, do Laboratório de Políticas Públicas da UERJ, promove o “Curso Movimentos Sociais Políticas, Públicas e Emancipações”. Trata-se de uma iniciativa que busca a construção conjunta com os movimentos sociais e demais organizações populares do Estado do Rio de Janeiro. Nesse sentido, desde o seu surgimento, os movimentos sociais têm se apropriado ora mais, ora menos intensamente dessa ferramenta no sentido de que o curso seja organizado antes pelos movimentos que para eles.
O “Emancipações” visa à formação política como um passo imprescindível da luta socialista. Ele é voltado a militantes de esquerda
indicad@s pelos coletivos em que estão inserid@s, sendo aberto à participação das mais diversas organizações identificadas com as causas populares. A auto-organização dos coletivos envolvidos é um princípio do curso, por isso sua Coordenação Político Pedagógica (CPP) precisa ser composta por representantes dos movimentos sociais de luta por reforma agrária, reforma urbana, pré-vestibulares comunitários, fóruns de comunidades tradicionais, movimento estudantil, movimento negro, movimento de mulheres, etc. Sem dúvida, é uma peça importante na (re)constituição de um necessário Programa Estadual de Formação dos movimentos sociais, bem como na (re)criação de um Coletivo Estadual de Educadores Socialistas do campo e da cidade. 
Em 2009, a primeira etapa do “Emancipações” foi no mês de maio e, em seguida, aconteceram mais sete etapas até o mês de novembro, quase todas no Campus da UERJ Maracanã. Várias etapas contaram com o apoio do NEP (Núcleo de Educação Popular) 13 de Maio, aplicando as oficinas “Como Funciona a Sociedade (1 e 2)” e “O que é uma Análise de Conjuntura”, por exemplo. O conteúdo das etapas também incluía temas como “A crise do capitalismo”, “organização e trabalho de base”, “estratégias de luta”, etc. Participaram mais de oitenta
educand@s de diferentes regiões do estado: Metropolitana, Baía de Ilha Grande, Norte Fluminense, etc.
No ano de 2010 o formato do curso sofreu algumas alterações. A redução do apoio financeiro implicou na redução do número de etapas de oito para cinco. Além disso, em vez de uma turma única em todas as etapas, o curso teve uma primeira etapa geral em julho, quando
tod@s @s educand@s, mais de sessenta, estiveram reunid@s num só local, a UERJ – para a realização da oficina “Comunicação e Expressão”, aplicada por monitores do NEP 13 de Maio –, sendo que, nos meses seguintes, a segunda, a terceira e a quarta etapas ocorreram em turmas divididas por regiões: capital, baixada, sul e norte fluminense. Em dezembro houve a quinta e última etapa, na UERJ, assim como a primeira etapa, para tratar de “Organização, Tática e Estratégia”. Essas mudanças têm prós e contras. Por exemplo: fazer as etapas intermediárias espalhadas nas regiões facilita a participação d@s educand@s que, desta forma, não precisam fazer grandes deslocamentos a cada mês. Contudo, também fica mais difícil construir várias CPP’s, falta gente para acompanhar as turmas.
A formação política das classes populares no Rio de Janeiro tem caminhado a passos lentos nos últimos anos. É momento de aprofundar o trabalho de base, o acúmulo de forças e, sobretudo, as ações unitárias. Várias organizações não têm conseguido fazer parte da construção de espaços conjuntos de formação como o “Emancipações” porque, por um lado, faltam militantes, @s militantes estão sobrecarregados, etc. Por outro lado, se não conseguimos formar
nov@s militantes, continuarão faltando companheir@s para construir os cursos de formação. Na prática não é fácil, como tudo na luta da classe trabalhadora. Todavia, priorizar a construção do “Emancipações” e/ou de outros espaços unitários de formação e luta é um dos desafios táticos centrais que se coloca para nós de esquerda hoje no Rio de Janeiro e no Brasil.
 
POR FAVOR, ENCAMINHEM ESTE EMAIL PARA
OUTR@S COMPANHEIR@S QUE POSSAM SOMAR FORÇAS NESTA CONSTRUÇÃO!!!
 
HOJE ( 22/02) TEMOS UMA REUNIÃO NO PRÉ- VESTIBULAR DA MANGUEIRA ÀS 19:00 PARA AVALIARMOS O RETORNO DA CONVOCATÓRIA REALIZADA.
Rua Visconde de Niterói, nº 354, em frente à estação de trem, no “prédio do relógio”.