Jornalistas e dirigentes sindicais se dividiram em cinco oficinas diferentes no último dia de curso
Por Tatiana Lima
O 20º Curso Anual do NPC encerrou as atividades na tarde de sábado, dia 9 de novembro, com a realização das oficinas: “Transmissão ao Vivo”; “Mídias Digitais”; “Blogoosfero”; “Fotografia”; e “Linguagem”. Ao todo, 170 pessoas participaram das cinco oficinas, realizadas na tarde de sábado nos auditórios do Centro Cultural da Caixa Econômica, Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ), Sindicato dos Engenheiros do Rio de Janeiro (Senge-RJ) e Federação Intersindical de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge).
Um texto livre de vícios de linguagem, palavras difíceis, curto e direto para a fácil compreensão dos trabalhadores. Essas foram as principais táticas ensinadas pelo comunicador e coordenador do NPC, Vito Giannotti, na oficina de “Linguagem: a eterna muralha”, que contou com a participação de cerca de 50 pessoas. Vito mostrou como a forma de comunicar uma informação interfere diretamente na difusão do conteúdo do que se quer transmitir. Um ponto destacado é a necessidade de limpar os textos sindicais do que ele chama de “juridiquês”, “sindicalês” e “economiquês”. Como exemplo, ele mostrou que a forma de se comunicar do Jornal Nacional foi definida a partir de pesquisa realizada pelas Organizações Globo. A empresa por anos estudou como se comunicar para conquistar “corações e mentes” de diferentes públicos, desde a empregada doméstica aos patrões. A oficina aconteceu no auditório Centro Cultural Caixa Ecônomica.
Transmissão ao vivo
A oficina de “Transmissão ao Vivo – Rádio e TV na Internet”, ministrada pelo jornalista Arthur William, aconteceu no auditório da Fisenge e mostrou a jornalistas, comunicadores e dirigentes sindicais como as plataformas multimídia disponíveis na internet podem auxiliar a comunicação popular para transmissões ao vivo de assembleias, protestos, palestras, congressos e diferentes ações. A principal ferramenta digital utilizada hoje é a rede Hangout do Google. Arthur William ensinou o uso da ferramenta digital e também quais são os principais equipamentos necessários para a transmissão ao vivo. Um dos pontos principais é ter acesso a uma rede com velocidade de internet 4G. Dessa forma, não se perde qualidade de áudio e imagem. A lista de plataformas digitais utilizadas na oficina pode ser acessada aqui.
Mídias digitais para articular e difundir informações
A articulação, difusão e uso das redes sociais como serviço de informação foi um dos principais conteúdos ensinados na oficina de “Aplicações das Mídias Digitais na Comunicação Sindical”, realizada no auditório do Senge-RJ. Monitor da oficina, o jornalista Gustavo Barreto explicou que, em geral, são esses três tipos de ações realizadas nas mídias digitais como Twitter, Facebook e Youtube, entre outras. Um dos pontos destacados também foi o poder de difusão da informação de pessoas, perfis e entidades que podem ser usados de forma estratégica para convocação de protestos, ações sociais e articulação.
Blogoosfero: uma plataforma digital livre e autônoma
Já no Sindipetro-RJ, foram realizadas duas oficinas: a de Blogoosfero e a de fotografia. Sérgio Bertoni, coordenador da Transnationals Information Exchange (TIE-Brasil) foi quem comandou a oficina sobre a Blogoosfero. A rede é uma plataforma digital livre e autônoma desenvolvida de forma colaborativa por blogueiros e ativistas do movimento do Software Livre e da Cultura Digital. O objetivo é proteger o conteúdo produzido por sindicatos, jornalistas, movimentos sociais e populares, entre outros, de ataques contra a liberdade de expressão exercidos por sistemas privados de informação, como o Google. Em geral, em casos de denúncias de cunho público, político ou social, blogs acabam tendo seu conteúdo retirado do ar, antes mesmo de qualquer averiguação ou decisão judicial em última instância. Para conhecer, acesse http://blogoosfero.cc/.
Fotografia: usar a regra dos terços é uma boa dica
Já a oficina de fotografia foi comandada pelo fotografo popular da Maré Naldinho Lourenço. Ele explicou as diferenças de uso de cada lente fotográfica, mostrou as diferenças entre as máquinas profissionais e amadoras e ensinou noções de técnicas fotografia para a realização de uma boa composição de imagens. Dentre elas, a técnica da regra dos terços, um tipo de desenho mental em que se divide a imagem em nove partes iguais, facilitando a composição dos elementos da foto. Os pontos importantes da sua foto devem ficar em alguma das quatro linhas de convergência. Se existirem linhas na imagem, por exemplo, dê preferência em posicioná-las junto às linhas da espécie de jogo da velha que fica formado.