stonewall

[Por Sérgio Domingues/ Pílulas Diárias] Em junho de 1969, estourava uma revolta no bar Stonewall, no Greenwich Village, Nova York. Foram seis noites de manifestações violentas. O bar era muito frequentado por gays pobres. Batidas policiais abusivas eram constantes. Mas a daquela noite acendeu o estopim.

Uma das lideranças surgidas naquele momento foi Sylvia Rivera. Segundo ela:

Fomos levados para fora do bar e a polícia nos encurralou. As pessoas começaram a jogar moedas nos policiais. Mas depois foram arremessadas garrafas. Nós não íamos mais aguentar aquela merda quietos.

Começaram a aparecer sem-tetos gays que viviam no parque, próximo ao bar. E, atrás deles, vieram as drag queens e depois veio todo mundo da região.

Muitos dos revoltosos eram latinos, como a própria Sylvia, ou negros, como sua amiga e camarada Marsha P. Johnson. A partir do tumulto, foi formada a Gay Liberation Front (GFL), com o seu próprio programa em defesa da revolução.

Sylvia e Marsha também ajudaram a formar a STAR (Street Transvestites Action Revolutionaries) que ocupou um prédio vazio para servir de moradia e base organizativa para travestis moradores de rua.

Em 1971, aconteceu a Convenção Revolucionária do Povo, na Filadélfia. Os Panteras Negras estavam presentes. Sylvia reuniu-se com seu líder, Huey Newton. Segundo ela, Newton concordou que grupos como GLF e STAR deveriam ser apoiados, pois eram revolucionários.

Cada um desses momentos de luta e organização devem ser sempre lembrados. Principalmente, quando mostram que é possível unificar a resistência de todas as vítimas da exploração e opressão capitalistas.

Mais informações podem ser encontradas em When gays and Panthers were United.