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O Intervozes lançará no dia 24 de agosto, em Brasília, os resultados de uma pesquisa que analisa a cobertura da mídia sobre o MST durante a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito de 2010.  A criminalização do movimento já era percebida pelos movimentos sociais, e foi comprovada após a leitura de cerca de 300 matérias sobre o MST em TV, jornal impresso e revistas. Algumas das estratégias utilizadas são o uso de termos negativos, pouca relevância dada às bandeiras do Movimento e exclusão do MST como fonte.

O relatório, intitulado Vozes Silenciadas, pesquisou textos que citaram o MST entre os dias 10 de fevereiro e 17 de julho do ano passado, durante as investigações da CPMI sobre a organização. Foram analisados três jornais de circulação nacional: Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo e O Globo; três revistas também de circulação nacional: Veja, Época e Carta Capital; e os dois telejornais de maior audiência no Brasil: Jornal Nacional, da Rede Globo, e Jornal da Record. Quase 60% das matérias utilizaram termos negativos para se referir ao movimento e suas ações. O termo que predominou foi “invasão” e seus derivados, como “invasores” ou o verbo “invadir” em suas diferentes flexões. Ao todo, foram usados 192 termos negativos diferentes. Também a maioria dos textos do universo pesquisado cita atos violentos.