Me lembro da Guerra da Independência (1948), quando os jordanianos mataram centenas de moradores de Jerusalém e tivemos que nos esconder em bunkers. E da Guerra do Yom Kippur (1973), na qual seis mil israelenses morreram. Não houve ódio contra os árabes e a esquerda como agora. O ódio está num crescendo, principalmente contra a esquerda e os pacifistas. É muito preocupante. Quanto mais insegurança os israelenses sentem, mais se tornam agressivos. Essa é a minha explicação psicológica.
A.B. Yehoshua, escritor israelense – O Globo – 18/08/2014
Sérgio Domingues* é sociólogo