Em 1992, no interior de Goiás, estimulados pela política protecionista do governo, usineiros e grandes produtores de cana-de-açúcar modernizam seus latifúndios, de olho nos lucros decorrentes da indústria do açúcar e do álcool. Mas enquanto os patrões investem em máquinas, equipamentos e defensivos agrícolas, entre outras melhorias para suas fazendas, os trabalhadores rurais continuam operando em condições medievais. Os acidentes de trabalho são constantes, as doenças profissionais crescentes e os camponeses são transportados como gado, amontoando-se na boleia de caminhões, sem nenhuma segurança. As melhorias tecnológicas não alteram as condições de trabalho. Ao contrário, se aumentam os lucros dos empresários, geram prejuízos para os trabalhadores rurais, roubam-lhes postos de trabalho, prejudicam sua saúde, muitas vezes degeneram em mutilações e morte. “Por trás dos canaviais continuam existindo trabalho escravo, miséria, fome. A legislação é letra morta no campo. É fogo que não queima, é luz que não alumia”.
Sugestão de uso: Entidades de trabalhadores rurais, sem-terra, comissões pastorais da terra, entidades de defesa dos direitos humanos e dos direitos trabalhistas, profissionais da área de saúde do trabalhador, escolas e universidades.
Direção: José Roberto Novaes e Suzi Marziali; 1992; 16 min.
Realização: Cedi/CPT-GO/Fetaeg-GO/IFAS/Departamento Nacional dos Trabalhadores Rurais da CUT/Secretaria de Formação da CUT-GO.
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