Sempre que vou ao Brasil tenho a impressão de que uma parte do país pensa: “Não temos nada a ver com a herança africana”. Já em outras partes as pessoas são mais iorubás do que muitos iorubás da Nigéria. Cultivam simbolismos e rituais, porque reconhecem que é uma visão de mundo autêntica. É como se o Brasil, em termos culturais, estivesse em guerra consigo mesmo.
Wole Soyinka, dramaturgo e escritor nigeriano, primeiro africano a receber o Nobel de Literatura, em 1986 – O Globo – 31/01/2015