“Amanhã (hoje), por fim, depois de tantos anos de vida republicana, o Estado e o povo boliviano, pela primeira vez, terão seu próprio jornal, se chamará Cambio de La Paz, Bolívia”, disse Morales.

O diretor do Cambio é Delfín Arías, que também trabalhou na agência estatal ABI. O jornal, com 24 páginas, circulará diariamente e integrará a rede de comunicação do Estado, que conta com a rádio Pátria Nueva, a emissora de TV Canal 7 e com o semanário gratuito La Epoca.

Morales justificou o lançamento do Cambio pela necessidade de corrigir as distorções publicadas em alguns veículos de comunicação.

“Frente a algumas deturpações dos meios de comunicação, (temos que) nos equipar, adquirir meios de comunicação para maior informação e educação”, justificou Morales.

De acordo com matéria publicada no site do jornal oposicionista La Prensa, o lançamento do Cambio e a possibilidade de compra do La Razón, o mapa midiático boliviano tende a se tornar ideologicamente dividido em dois grandes grupos.

De um lado, os veículos do governo. De outro, o grupo comandado pelo El Deber de Santa Cruz de La Sierra, propriedade da família Rivero. Também compõem esse grupo os jornais La Prensa, de La Paz; El Potosí; de Potosí; El Nuevo Sur, de Tarija; El Norte, de Montero; Correo Del Sur, de Sucre; El Alteño, das cidades altas; e Los Tiempos, de Cochabamba.