Essa foi uma das frases projetadas na noite de quinta-feira (18.07), no Leblon. A “manifestação gráfica”, como chamaram, foi organizada por um grupo de jovens na noite seguinte à manifestação que fez com que o governador do Estado, Sérgio Cabral, convocasse uma reunião de emergência para debater a segurança.
[Por Luisa Santiago] Há algumas semanas a polícia fez o que quis dentro da favela da Maré. Tomou conta das ruas, mandou o comércio fechar as portas, as pessoas ficarem em casa… Usou bombas, spray, balas de borracha e balas de verdade. Deixou 10 pessoas mortas. O governo não tratou essa como uma situação limite. A cúpula da segurança pública não se pronunciou. Não foram questionados pactos ou direitos. A garantia do direito de ir e vir e mesmo do direito à vida do favelado raramente é questionado. Esse, em geral, tem que apanhar do Estado e agradecer por poder viver.
Problematizar tudo que está acontecendo é muito válido. Pensar sobre o que está sendo feito e para onde se quer ir. As manifestações têm pautas definidas, mas ainda há muito trabalho a ser feito para conseguirmos trilhar um caminho concreto.