TRISTE CONSTATAÇÃO ÀS VÉSPERAS DO 1º DE MAIO: OS PROCESSOS POR ASSEDIO MORAL MULTIPLICAM-SE A PONTO DE CARACTERIZAR UMA EPIDEMIA. CHAMAM ISSO DE “PRECARIZAÇÃO”.
Por Vito Giannotti
A manchete “QUANDO O TRABALHO É PESADELO” com o complemento do subtítulo apresentam uma belíssima reportagem da CARTA CAPITAL da semana de 30 de abril. A jornalista Cynara Menezes dá uma senhora aula de como se faz uma REPORTAGEM. Dá a palavra a dezenas de entrevistados. Os famosos “dois lados” Ela deixa falar trabalhadoras atingidas por esta praga e dá a palavra às empresas que estão sendo processadas. Falam os sindicalistas e falam os executivos.
Mas há muito mais lições. Uma delas é a abertura da matéria. Começa citando um velho marxista, meio anarquista de mais de 100 anos atrás, Paul Lafargue que nos fala da situação das mulheres operárias em 1900.
LIÇÃO 1: Quem já citou Lafargue/ Quem leu? Nossa mídia não pode ser rasteira.
LIÇÃO 2: Politizar, sem medo de exprimir sua opinião. Cynara termina com esta mensagem para um 1º de Maio de verdade: “Para quem está do lado dos trabalhadores, oficializar o fim da jornada fixa de 8 horas, o que ocorre na prática em muitas empresas, seria como jogar 200 anos de lutas pelo ralo e voltar de vez aos tempos da pré-Revolução Industrial”. Nesta lição 2ª há várias outras embutidas como, independência e autonomia frente a qualquer governo, central ou partido que queira transformar o 1º de Maio num sorteio, num comício, numa grande mentira, uma grande palhaçada.
A LIÇÃO 3: Falar o que precisa falar… Doa a quem doer.
Valeu Cynara!