[Por Comunidade Cultura e Arte] Raoul Peck é um homem deste tempo. Não só da América que deixa de ser de Obama e passa a ser de Trump, mas também da Europa que parece também seduzida por um nacionalismo que poderá rimar com alguns ‘ismos’ nefastos. Em O Jovem Karl Marx, que agora chega às nossas salas, atreve-se a regressar onde tudo começou, ou seja, ao Manifesto do Partido Comunista, um outro ‘ismo’, até à identificação dos princípios capitalistas que Peck considera gerarem nefastas consequências e vícios atuais; mas refletiu também sobre os ecos do seu outro filme, Eu Não Sou o Teu Negro, o tal documentário que foi nomeado ao Óscar (estreia em maio), onde aborda o privilégio de raça através dos textos e persona do ativista político William Baldwin. Na entrevista que fizemos ao realizador haitiano, no passado festival de Berlim, foram passadas em revista as implicações de ambos esses filmes estranhamente orgânicos. | Leia a entrevista completa.