[Por Eric Fenelon-NPC] É difícil afirmar, ainda mais em um momento como esse, quando o número de Palestinos mortos pelo exercito israelense está em 843 pessoas. São mais de 5.200 feridos. Fora os 160.487 Palestinos que fugiram para 83 abrigos da ONU. Mas, no meio disso tudo, existe um grupo de soldados israelenses que se recusam a participar de toda essa matança. São os Refusenik, militares cujas patentes vão de sargento a major. São homens e mulheres que se recusam a prestar o serviço militar ou receber ordens para o exército. Esses heróis Judeus são jovens que preferem ser julgados e presos em solitárias. E mantêm os princípios apresentados no julgamento de Nuremberg em 1946. Nele, as lideranças Nazistas foram condenadas por crimes de guerra. A partir de então, os soldados podem negar obediência a ordens injustas, como destruir plantações palestinas, derrubar casas, humilhar ou alvejar civis. Eles preferem sofrer, a ser cúmplice de crimes de guerra.
Os Refusenik surgem logo após a guerra dos seis dias em 1967, quando as tropas de Israel invadem a Cisjordânia e a Faixa de Gaza. Para eles só o fato do Estado de Israel estar ocupando um território estrangeiro que luta por seus direitos é uma catástrofe moral, humana e política.
Logo após o Holocausto, com a criação do estado de Israel, quem estivesse no Exército ganhava respeito na sociedade israelense. Hoje são mais de 2000 Refusenik, com centenas deles presos. Mas uma coisa é certa: eles podem estar com seus corpos presos em celas, mas suas consciências estarão livres do extermínio exercido por esse país.