Que a grande mídia é o verdadeiro partido da burguesia, já sabemos. Que ela seja quase todo-poderosa, já sabemos. Que ela não seja neutra e conseqüentemente imparcial, etc., já sabemos também. O que não sabemos, ou às vezes esquecemos, é que hoje nós, esquerda, temos alguns belos e bons instrumentos de imprensa alternativos. Esquecemos e, conseqüentemente, não os lemos, não os usamos e não os divulgamos. E, com isso, deixamos de usar armas poderosas na disputa de hegemonia com a outra classe e seus representantes.
Um desses grandes instrumentos é a Revista Sem Terra. Por seu nome já se sabe quem ela representa. Sim, o MST, o movimento social mais representativo e ativo no Brasil de hoje. Há muitos, pelo mundo afora, que dizem que seja o movimento social mais importante do mundo, hoje. Pois, este movimento, além de outros instrumentos de comunicação, possui esta revista. É uma revista muito densa, com assuntos extremamente importantes, atuais e necessários para entender e lutar para transformar a sociedade na qual vivemos.
É uma revista que trata de temas que cada militante precisa dominar, para saber quais as opções a fazer. Uma revista de teoria extremamente ligada à prática. Uma revista essencial para cada militante. Uma revista para cada militante sério assinar e ler ao longo do mês, ou melhor, dos dois meses de uma para outra. A Revista Sem Terra tem um grande defeito… não é, no mínimo, mensal.
Vejamos os temas dos quais trata a última edição, de janeiro e fevereiro deste ano.
• Entrevista com Marcio Pochmann sobre a situação econômica e social do País
• A luta eleitoral e seu papel na luta política central, com Virgínia Fontes
• A violência urbana e as políticas de segurança pública, com Marcelo Freixo
• A Reforma Agrária de mercado, do Banco Mundial e a verdadeira Reforma Agrária
• A pressão sobre o governo da empresa Monsanto a favor dos transgênicos
• O ataque da direita à Reforma Agrária feito pela CPMI da Terra
• Os embates com a bancada ruralista, a propósito da CPMI da Terra
• A parceria do MST com as Universidades públicas e as mudanças que isto provoca
• Internacional: Evo Morales, da Bolívia, e seu papel na luta anti-imperialista
• A TV digital e o que está em jogo na escolha do padrão tecnológico
• E mais vários artigos sobre cultura, cinema, teatro, arte popular, fotografia e cultura em geral.
Afinal… uma revista que deve estar na bolsa e nas mãos de cada militante de esquerda. Para assinar: revista@mst.org.br
(Por Claudia Santiago)