Publicado em 10/08/10 – Por Ascom Ministério do Trabalho e Emprego

A remuneração média dos trabalhadores em 2009 teve um aumento real de 2,51%, passando de R$ 1.556,15 em 2008, para R$ 1.595,22. Nos últimos sete anos o crescimento foi de 18,25% acima da inflação, resultado da elevação de 19,11% para as mulheres e 18,38% para os homens. Os números foram apresentados pelo ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, na semana passada (5/8).

Em termos relativos, o Nordeste puxou o aumento dos rendimentos médios, com expansão de 4,78%. No entanto, registrou o menor valor na remuneração média: R$ 1.236,26. Em seguida vem a região Centro-Oeste, com crescimento de 2,91%, registrando o maior salário médio do país: R$ 2.007,54. O Norte teve crescimento real de 2,45% e o Sudeste de 2,22%. A menor taxa de crescimento foi registrada no Sul, com um aumento de 2,07% e o salário médio de R$ 1.464,57.

Entre os estados, Roraima liderou o aumento dos rendimentos médios, com crescimento real de 12,48%, alcançando o valor de R$ 1.785,44. Esse crescimento está ligado ao comportamento favorável de subsetores como Serviços Médicos e Odontológicos, Indústria de Papel, Papelão e Gráfica, Serviços de Comércio e Administração de Imóveis e nos Serviços de Alojamento e Alimentação. O maior salário médio foi registrado no Distrito Federal: R$ 3.445,06.

Somente Amazonas e Acre registraram queda na remuneração média, com diminuição de 2,40% e 0,16%, respectivamente. A Paraíba, apesar de ter registrado um aumento de 9,01% nos rendimentos médios, tem o o menor valor do salário de admissão, com R$ 1.130,31.

Gênero

Em 2009, o ganho real das mulheres ficou em 2,70%, resultado de um aumento de 6,22% no rendimento médio das mulheres com ensino fundamental completo e uma queda de 1,61% na faixa de escolaridade superior incompleto. Entre os homens, o aumento foi de 2,52%, resultante de variações que oscilam entre 2,13% no superior incompleto a uma elevação de 5,27% para os analfabetos. Os valores registrados foram de R$ 1.422,99 (elas) e de R$ 1.717,66 (eles).

Esses dados resultaram do crescimento da participação do rendimento da mulher no mercado de trabalho, que alcançou 82,84% em 2009. A maior diferença de remuneração média está no nível superior completo, onde o estoque e a geração de empregos entre as mulheres superam os entre homens. Nesta faixa a diferença ficou em 58,17%, abaixo do verificado em 2008, de 57,86%.

Estabelecimentos

Os estabelecimentos com menor número de vínculos empregatícios registraram aumento maior na remuneração média dos trabalhadores. As empresas com até quatro vínculos tiveram um aumento real de 4,57% e as com 5 a 9 vínculos crescimento de 4,11%. Essa elevação pode estar relacionada ao ganho real obtido pelo salário mínimo.

Os estabelecimentos com mil ou mais vínculos e os com entre 500 e 999 vínculos empregatícios apresentaram as menores taxas de crescimento no rendimento médio real, da ordem de 0,71% e 1,94%, respectivamente.

Apesar desse comportamento, prevalece ainda um diferencial de 185,4% entre os salários auferidos pelos trabalhadores situados nos estabelecimentos menores, com até 4 vínculos (R$ 788,13), e nos estabelecimentos maiores, com mil ou mais vínculos empregatícios (R$ 2.248,93).