Do Boletim nº 54

“Santo Dias, Quando o passado se transforma em História”, das jornalistas Luciana Dias, Jô Azevedo e Nair Benedicto, será lançado no dia 4 de novembro de 2004, às 19h30, no auditório do Cedem, que fica na Praça da Sé, 108 – Centro  de São Paulo. Na ocasião, a família de Santo Dias da Silva fará a cessão do acervo de 3.700 documentos sobre o metalúrgico ao Cedem-Unesp. Haverá mostra de parte desse acervo. A cerimônia contará com a presença de Waldemar Rossi, da Pastoral Operária, membro do comando da greve na qual foi assassinado Santo Dias em 30 de outubro de 1979. 

“…A Ditadura iniciada em 1964 não permitia a livre organização política e perseguia seus opositores. Ainda assim, os metalúrgicos de São Paulo entraram em greve, por melhores salários e condições de trabalho. A direção do sindicato era pelega e tampouco apoiava a base da categoria. Num piquete em frente a uma fábrica de componentes eletrônicos, na região Sul da Capital, o metalúrgico Santo Dias da Silva foi morto pela polícia, em 30 de outubro de 1979.”

Também em homenagem a Santo Dias acaba de ser lançado em São Paulo um CD com  músicas criadas pelos movimentos populares, pelo movimento dos trabalhadores sem-terra e pela Corrente Libertadora de Santarém. Entre elas, está o Hino da Greve, criado coletivamente pelos metalúrgicos durantes os piquetes da greve de nove dias. As canções são interpretadas pelo ex-metalúrgico Cícero Umbelino e pelos grupos Arribação e Canta Poema.

Cícero estava no 10º Curso do NPC (2004) e, na abertura, cantou o Hino da Greve.