Foto: WNV/CPR Urbana

 

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[Por Rosângela Ribeiro Gil] O espaço sem fronteiras da Internet é capaz de fazer com que a notícia que interessa às lutas populares, tão escondida ou deturpada pela imprensa tradicional, seja (bem) escrita, apurada e redigida e corra o mundo várias vezes, e sempre com novas contribuições de informações.

É o caso do site “Waging nonviolence”, no ar desde 2009, uma fonte alternativa fonte alternativa para as notícias e análises sobre as ações por justiça e paz em todo o mundo.

Na minha recente visita ao portal, li a reportagem da jornalista e amiga espanhola Marta Molina sobre a luta do povo guatemalteco por justiça a partir da anulação, pelo Tribunal Constitucional daquele país, em maio último, de sentença ao ex-ditador militar Efraín Ríos Montt. Ele tinha sido condenado por genocídio e crimes contra a humanidade durante o seu curto reinado, de 1982 a 1983.

Entenda o caso

No dia 24 de maio, na Guatemala, milhares de pessoas protestaram contra a anulação do veredicto. A jornalista entrevistou uma jovem indígena das comunidades Ixil presente ao ato. “Infelizmente estamos acostumados a estes truques sujos pelo sistema de justiça, que beneficia as pessoas com dinheiro…”, disse.

Molina destaca o posicionamento da elite empresarial guatemalteca contra o julgamento que condenava o genocida Ríos Montt. Por meio de suas representações institucionais, aquela elite divulgou nota oficial defendendo “a importância de saber como deixar o passado para trás”.

Se eles querem calar porque têm culpas a esconder, falemos nós. Rodemos as nossas informações cada vez mais. Calar e esquecer, jamais!