No Brasil, apenas 1% dos proprietários detém mais da metade das terras agricultáveis. Em situação inversa, famílias inteiras são expulsas do campo e engrossam as fileiras de desempregados ou subempregados, moradores de favelas e periferias dos grandes centros urbanos. A função social da terra, prevista na Constituição Federal, não existe na prática. Grandes extensões de terra são usadas para especulação, enquanto, de Norte a Sul do país, centenas de milhares de famílias sem terra acampam às margens das rodovias. Nesse cenário, multiplicam-se os conflitos nos quais quase sempre saem perdendo os menos favorecidos.
A partir de um documentário realizado junto a um grupo de famílias de sem-terra do acampamento Che Guevara, à beira de uma rodovia no município de Itaberá, no Estado de São Paulo, esta co-produção suíça contextualiza a situação dos sem-terra brasileiros, mostrando as dificuldades, lutas, avanços e conquistas do MST, um dos maiores movimentos de massa contemporâneo em todo o mundo.
O documentário aborda experiências bem-sucedidas do movimento, com destaque para a educação e os projetos de populares de comunicação, como a Rádio Camponesa e as publicações que o divulgam.
Sugestão de uso: Movimento dos Sem Terra, pequenos agricultores e trabalhadores rurais, entidades de classe e associações comunitárias e estudiosos da questão agrária.
Realização: Stéphane Brasey; 2000; 15 min.
Produção: Raphael Blanc
Co-produção: Artemis Films Productions, Le Films Du Bazar e La Televisiona Suisse Romande (TSR)
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