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No Tribunal Popular, realizado em São Paulo, de 4 a 6 de dezembro de 2008, o Estado brasileiro esteve no banco dos réus e foi condenado, por unanimidade, à “pena máxima”. O principal crime cometido, apontado pelo professor Plínio de Arruda Sampaio, representante da acusação, foi o de criminalização da pobreza. No tribunal, foi definido que o Estado se aproveita do desejo de “segurança” da população para legitimar sua atuação violenta, principalmente contra a população pobre.  

O Tribunal foi dividido em sessões, onde foram apresentados documentos e relatos de familiares e de amigos de vítimas. Quatro casos emblemáticos de violações de direitos humanos foram julgados: as operações militares no Complexo do Alemão no Rio de Janeiro, em 2007; o sistema carcerário e execuções de jovens negros na Bahia; execuções na periferia de São Paulo, em maio de 2006; e a criminalização dos movimentos sindicais, de luta pela terra, pelos direitos indígenas e quilombolas no Rio Grande do Sul.