Por Karol Assunção
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Desde o dia 12 de janeiro, após o terremoto que atingiu o Haiti, o país é o centro das atenções do mundo todo. Apesar de o desastre ter afetado milhares de pessoas, a situação das crianças é a que mais preocupa algumas entidades e organismos internacionais. Como noticiou Patria Grande na última sexta-feira (22), o Fundo de Nações Unidas para a Infância (Unicef) denunciou que 15 crianças já desapareceram de hospitais haitianos após o tremor de terra.
A Unicef explica que redes de tráfico de pessoas aproveitam-se de desastres como o do terremoto no Haiti para sequestrar crianças e tirá-las do país. O organismo internacional também faz um alerta aos governos ocidentais que estão empenhados na adoção acelerada de crianças haitianas. Para a organização, antes de agilizar o processo de adoção, é preciso alimentar, abrigar, identificar e verificar se as crianças realmente não possuem familiares vivos.
Além da possibilidade de serem traficadas mais facilmente, ainda as crianças ainda correm mais riscos de adquirirem doenças, traumas emocionais e de sofrerem exploração sexual. Outra situação que preocupa o organismo internacional é a saída ilegal de crianças e adolescentes do país. Segundo informações do jornal Patria Grande, aproximadamente 54 crianças haitianas órfãs – a maioria menor de quatros anos – aterrissaram na semana passada nos Estados Unidos para adoção. A preocupação maior das organizações internacionais é de prejudicar ainda mais as crianças e os adolescentes haitianos, entregando-os a redes internacionais de tráfico ou adotando aqueles cujos pais estão vivos. Por causa disso, o Unicef segue desaconselhando o processo de adoção acelerada no Haiti.