[Por Vito Giannotti] Sim, palavra nova para dizer “Assassinato de homossexuais”. Em 1969, em Nova York, EUA, uma rebelião de homossexuais contra a constante repressão policial foi o marco do começo de um movimento pela emancipação e libertação deste setor da sociedade. No início de junho deste ano, durante a Parada Gay, na Avenida Paulista, em São Paulo, foi jogada uma bomba do alto de um prédio sobre a manifestação. Um manifestante foi morto. Isso, após 40 anos de luta mundial dos homossexuais por sua libertação. 

Essa associação entre as duas datas foi feita num artigo de Antonio Quinet, no O Globo de 21/6/09. O articulista nos dá uma lição corajosa, que é quase a síntese do seu pensamento. Ele fala da condenação e segregação de todos os que se situam “fora da norma”. Ele sintetiza a “norma da normalidade” assim: “Essa norma mítica que se confunde com o ‘normal’ é a do ‘branco, masculino, jovem, heterossexual, cristão, financeiramente seguro e magro’”.  

Está passando nos cinemas e já está em DVD um filme que mostra a luta dos homossexuais de São Francisco (EUA) durante a década de 1970 pelos direitos civis: MILK. Até este filme, poucos sabiam desta luta que se insere na luta das mulheres, dos negros e de todos os que, menos de 40 anos atrás, tinham que fazer grandes manifestações para afirmar seus direitos básicos. O assassinato de gays, não só em São Paulo, mas pelo Brasil afora é um convite a levar adiante mais esta luta por direitos mínimos de milhões de pessoas “fora da norma”.