[Por Vito Giannotti] Domingo dia 15/5 teve eleições administrativas nas várias regiões italianas. A disputa foi entre a direita aglutinada em volta de Berlusconi e uma esquerda dispersa, mas que se contrapõe à continuidade desta direita cada dia mais racista, xenófoba e fascista. O desafio que o chefe do chamado Povo das Liberdades, o tal de Berlusconi, lançou a Itália foi de obter uma vitória arrasadora no centro industrial, comercial e financeiro da Itália, a cidade de Milão, sua base eleitoral.

A derrota do atual chefe do governo e de suas alianças de direita, nesta megalópole mostraram os limites do seu governo, os efeitos da crise que está se espalhando por vários países europeus e alguma esperança de mudança numa Itália politicamente anestesiada. O candidato do centro-esquerda, do Partido Democrático (ex PCI, ex-PDS e hoje DS) venceu em Milão e o mesmo aconteceu em Turim, cidade da Fiat, em Bologna, Florença e Genova. O segundo turno será em 29 e 30 de maio.  .

O fato leva a várias reflexões, entre elas uma análise do poder do império quase absoluto da mídia, nas mãos de Berlusconi (jornais, revistas, editoras e sobretudo mais de 5 canais de televisão.. 

Gigi Malabarba, ex-senador, pela Refundação Comunista e atual líder da Sinistra Critica (Esquerda Crítica) mandou ao  Boletim NPC esta mensagem:

“De imediato a Esquerda Crítica se empenhará na derrota de Berlusconi no segundo turno, sobretudo em Milão e Nápolis. Continuaremos a batalhar por uma esquerda unida e radical, sem soluções imediatas, mas com um trabalho político no sentido do conflito e da radicalidade social.”