[Por Vito Giannotti] Sempre repetimos que os jornais sindicais, no nosso país, cumprem o papel de imprensa alternativa. Como assim? São sindicais ou jornais gerais? Essa questão não pode ser respondida sem mais nem menos. É preciso colocá-la no quadro concreto do Brasil, hoje.

 

Sabemos que estamos num país que não lê. Ou melhor, com um dos índices mais baixos de leitura de jornais (e de outras coisas mais) do mundo. Que estamos num país onde funciona (infelizmente) o 4º canal de televisão do mundo. Onde várias pesquisas dizem existirem de 50 a mais de 60% de analfabetos funcionais. Enfim, um país onde pouquíssimos lêem jornal diariamente. Nesse quadro, a imprensa sindical assume uma importância enorme.

 Um jornal sindical bem feito, isto é, com uma pauta que mostre a realidade dos trabalhadores em todos os seus aspectos, da saúde à educação. Uma linguagem que possa ser compreendida pelos possíveis leitores, com uma apresentação agradável e convidativa. No mês de julho, em Pernambuco, encontrei vários jornais sindicais com esse perfil. Sobretudo, com uma pauta rica, que sai do umbigo da categoria e sabe abordar temas mais amplos. Temas que são essenciais para o trabalhador ter outra visão de mundo daquela apresentada pela Rede Globo. Entre eles/ esses jornais está o do SINDSEP, o “Garra“. No próximo número do BoletimNPC comentaremos este e outros jornais.