A Marcha Mundial das Mulheres (MMM) realiza uma manifestação nesta terça-feira, 9 de junho, em frente às representações diplomáticas da Turquia em São Paulo e em Brasília, em protesto à prisão arbitrária de mais de 30 sindicalistas e ativistas do movimento de mulheres. Os ativistas foram detidos dia 28 de maio pelas forças policiais turcas, que invadiram os escritórios da Confederação de Sindicatos dos Servidores Públicos (KESK) e do Sindicato de Professores Egitim Sem (filiado à KESK). Na operação, foram apreendidos computadores, CDs e documentos de trabalho dos sindicatos e do movimento feminista, como os relacionados à licença maternidade e violência contra a mulher e sexual.

 

Não há acusação formal contra os presos e presas, que não sabem qual o motivo de sua detenção já que o processo legal é feito em tramitação confidencial, sem mesmo a possibilidade de ter um advogado de defesa. Após forte pressão internacional, parte dos presos foi liberada na primeira semana de junho, mas continuam detidos 15 ativistas, incluindo duas integrantes da Marcha Mundial das Mulheres: Elif Akgul, ex-secretária de mulheres do Sindicato dos Professores, e Yuskel Mutlu, professora aposentada, integrante da Associação de Direitos Humanos e da Assembléia Turca pela Paz.

 

Movimentos sociais do mundo inteiro veem a ação do governo turco como uma evidente tentativa de criminalizar os movimentos sociais e uma violação ao direito democrático de organização. Ações em todo o mundo estão sendo realizadas nesta semana para pedir a libertação imediata de todos os detidos/as, bem como o fim da repressão aos movimentos de oposição na Turquia, incluindo o de mulheres, sindical e de direitos humanos.

Fonte: Marcha Mundial das Mulheres