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Curso do NPC é referência para sindicalistas, jornalistas, militantes sociais, professores e estudantes de comunicação de todo o país / Divulgação

[Redação/Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ)] Em novembro, o Curso Anual do Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC), completa um quarto de século. O curso, que é voltado à formação de jornalistas e dirigentes de movimentos sindicais, sociais e populares, terá na sua 25ª edição o tema “Comunicação, Arte e Resistência”. A programação acontece durante uma semana, entre os dias 19 e 24 do próximo mês.

“A proposta é reunir pessoas que pensam a comunicação, comunicadores, jornalistas, cientistas políticos, professores, para conversar com jornalistas que fazem a comunicação sindical e popular em vários cantos do país. A gente passa cinco dias conversando sobre o que é fazer comunicação popular, comunitária e alternativa”, explica Cláudia Santiago, coordenadora do NPC, em entrevista concedida ao Programa Brasil de Fato RJ.

Na programação, temas como “Internet e a democracia”, “A esquerda e o uso da Internet”, “Comunicação dos Trabalhadores”, “Comunicação do Brasil”, “Trabalho, sindicatos e partidos políticos no século XXI”, “Os riscos de um fascismo à brasileira”, “Experiências em Comunicação Sindical e Popular”, “Memória: as greves de 1979”, “Individualismo: uma ideologia a combater” e “ A cultura na construção dos valores” irão contribuir para o debate sobre o papel da comunicação e das artes na luta e resistência.

“Essa resistência é da cultura, dos valores de solidariedade, de fraternidade, tudo isso que está sendo ameaçado todos os dias, incentivado por um governo cruel, como esse de Bolsonaro, que incentiva muito a violência, tanto simbólica e quanto física. Violência que esbarra nos direitos dos trabalhadores, como essa reforma da Previdência, ou mesmo todo mundo trabalhando sem carteira assinada, sem direito nenhum, acabando com as conquistas que os trabalhadores conquistaram a duras penas”, acrescenta Cláudia.

Além dos painéis, o curso oferecerá também oficinas de rádio, podcast, redação, oratória e produção de vídeo por celular.

“Em 25 anos, a comunicação popular se modificou muito, hoje tem uma galera nova, que faz comunicação nas redes, nas quebradas, nas favelas, comunicação de resistência. Eles estão contando o que se passa nas comunidades e reinventando novas formas de se comunicar”, conclui.

O Curso do NPC é referência para sindicalistas, jornalistas, militantes sociais, professores e estudantes de comunicação de todo o país, interessados em debater a comunicação de um ponto de vista contra hegemônico. Se constitui também como importante espaço de debate e formação continuada dos profissionais e dirigentes da comunicação sindical.

Confira aqui a programação completa.

Edição: Mariana Pitasse