Documentário histórico sobre a luta e a organização dos metalúrgicos de São Paulo, em 1978, liderados pela oposição sindical. As questões centrais do filme são a greve e as eleições para a diretoria do sindicato. No meio de cenas de ação, há uma profunda discussão sobre o sindicalismo brasileiro, especificamente sobre a estrutura sindical dependente do Estado.

Após 14 anos de ditadura militar, muitos sindicalistas tinham sido presos, torturados ou mortos e nos sindicatos reinavam os pelegos vinculados ao governo. Entre os metalúrgicos de São Paulo havia um grupo de trabalhadores ligados à Oposição Sindical Metalúrgica (OSM-SP), que organizava comissões de trabalhadores por fábricas. Em meados de 1978, durante a campanha para a eleição da diretoria do sindicato, ocorreu a greve da Scania Vabis, a primeira dos metalúrgicos do ABC. A OSM-SP consegue estender a greve a São Paulo. Duas centenas de greves eclodem dentro das fábricas; ao lado das máquinas paradas, todos de braços cruzados. A oposição ganhou a eleição fraudada pelos pelegos, mas novamente o governo interveio no sindicato e deu vitória à chapa comprometida com os seus interesses e os interesses dos patrões.

Nascia ali, daquela experiência, uma das raízes do Novo Sindicalismo. Junto com os metalúrgicos do ABC e diversos outros sindicatos e oposições sindicais de todo o país, a Oposição Metalúrgica de São Paulo estará, anos depois, na criação da CUT.

Sugestão de uso: Muito útil para aula de História e para cursos de formação sindical e debates políticos. O filme estimula a discussão sobre a estrutura sindical e as origens do Novo Sindicalismo e da CUT.

Direção: Sérgio de Toledo Segall/Roberto Grewitz; 1978; 76 min.

Realização: Grupo Tarumã

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