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Quase dois meses após a paralisação dos funcionários de A Gazeta do Iguaçu, o jornal de Foz do Iguaçu demitirá jornalistas que participaram do protesto. A direção do jornal confirmou no dia 11/02 a dispensa de pelo menos três profissionais que integraram o movimento, ocorrido no fim de 2009.
A manifestação foi deflagrada em 16 de dezembro por causa dos consecutivos atrasos no pagamento dos salários e da segunda parcela do décimo terceiro. Dos 16 trabalhadores da redação, 12 aderiram à paralisação, denunciando o descontentamento de repórteres e revisores pelo descaso da direção da empresa em relação aos trabalhadores.
À época,não apenas os jornalistas, mas os demais trabalhadores — cerca de 50 — sofriam transtornos pela falta de compromisso da direção. Problemas como o corte de serviços básicos como luz e água os funcionários do jornal tiveram que enfrentar, situação esta que gerou o protesto.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (Sindijor) repudia as demissões, e pede publicamente que sejam revistas. As retaliações demonstram a contradição da direção de A Gazeta do Iguaçu, que garantiu respeitar o direito de protesto dos trabalhadores.
O Sindijor informou em sua página que está acompanhando os desdobramentos da paralisação de dezembro e vai combater o descumprimento dos artigos da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e da CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) que garantem direitos aos trabalhadores.