[Por Kátia Azevedo para Mangue Jornalismo] Nos versos rimados da literatura de cordel, Alda Santos Cruz, mulher preta, idosa, nordestina de Aracaju, é uma voz feminina potente e uma das principais expressões culturais da literatura da poesia popular no Brasil. Ela é uma das grandes cordelistas no Brasil e símbolo de resistência negra e feminina da literatura popular, uma voz que resiste à invisibilidade histórica das mulheres nos espaços culturais predominantemente masculinos. Às vésperas de completar 94 anos, Alda Cruz é um exemplo pulsante das mulheres cordelistas que fazem dessa arte um oficio militante e espaço de resistência feminina na sociedade. A força do seu trabalho chega agora em uma escola pública do sertão sergipano, o Centro de Excelência Manoel Messias Feitosa, em Nossa Senhora da Glória, 115 km de Aracaju, que passa a contar com a Cordelteca Alda Cruz, com 456 folhetos de autoras e autores de Sergipe e de outros estados. | Saiba mais.