Autor: Luisa Vieira

É assim que a mídia patronal cria o “consenso”

[Por Vito Giannotti] Vejam a manchete do Destak de 4 de junho. Ela fala de um líder político, mas coloca o título: “Sem-terra precisa devolver R$ 3,3 milhões”. Pra que este título? É só pensar em quem são, para a burguesia, os inimigos. Os sem-terra são alguns dos principais! Então, deixe que o povo faça confusão, que pense que o artigo fala deles. Mas espere… Eles vão ter que devolver R$ 3,3 milhões. Devolver? Então roubaram! Sim, a mídia sempre diz que os sem-terra roubam terra dos outros, não é Globo?, não é Folha e Estadão? Sim, os sem-terra são ladrões e ponto final. Mas isso não é nada! No meio da matéria, o jornal fala da ocupação, “pela terceira vez” da Fazenda da Cutrale. Cutrale? Para começo de conversa o jornal patronal esconde que a maioria das terras ditas da Cutrale, não é da Cutrale. São terras griladas, isto é, roubadas. Mas deixe isso para lá. Quero saber o que tem a ver esta “invasão” com a devolução dos R$ 3,3 milhões? Leia mais.

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IX Conferência Brasileira de Mídia Cidadã recebe trabalhos até 17 de junho

Termina em 17 de junho o prazo para submissão de trabalhos para serem apresentados na IX Conferência Brasileira de Mídia Cidadã, que acontece de 6 a 8 de agosto na Universidade Federal do Paraná, em Curitiba. O tema principal do evento será Marcos Regulatórios da Comunicação na América Latina. Os trabalhos devem se encaixar em uma das modalidades de apresentação: Comunicações Científicas (artigos científicos e relatos de experiência a serem apresentados em GTs); Mostra de Vídeo Cidadão; Feira de Experiências Inovadoras em Mídia Cidadã; e Festival de Arte Cidadã. Informações no site da conferência.

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Lula diz que TVs não podem agir como partidos políticos

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, durante viagem ao Peru, que é preciso democratizar a imprensa no Brasil. O antecessor de Dilma disse ao jornal La República que as TVs são concessões do Estado e que elas não podem atuar como se fossem partidos políticos.

Lula classificou como um “pequeno problema” o fato de suas críticas à mídia serem vistas como ataques e também ressaltou que a imprensa nunca deixou de receber publicidade do governo nos oito anos de seu mandato. “Se atuarmos de maneira republicana, será perfeito para a democracia”, completou.

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Estudo analisa violações de direitos nas grandes obras

Lançado esta semana no Rio de Janeiro, o livro Belo Monte: O estado democrático de direito em questão, da geógrafa Maíra Borges Fainguelernt, analisa a falta de debate público durante a implantação das grandes obras e que contribui para a violação de direitos. O estudo destaca o projeto Belo Monte, e, de acordo com a divulgação feita pelo Ministério Público Federal no Pará, “revela as deficiências institucionais do país para estabelecer processos democráticos de participação da sociedade na tomada de decisão sobre obras que impactam profundamente seus direitos e interesses”. Os textos apresentam, de forma crítica, conceitos hegemônicos de desenvolvimento e as violações de direitos, principalmente dos indígenas, durante a implantação da usina.

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Série “Infância torturada” começa dia 10, no Jornal da Record

O Jornal da Record exibirá, a partir de 10 de junho, a série de reportagens “Infância torturada”, sobre o sofrimento de pais e filhos durante a ditadura civil-militar. Rose Nogueira (foto) concedeu entrevista deitada devido a uma fratura na vértebra. Ela foi presa em 1969, um mês depois de seu filho ter nascido e foi separada dele. Na prisão, aplicaram uma injeção para que Rose parasse de produzir leite e não pudesse mais amamentar. Entre os outros entrevistados da série estão Carmen Nakasu, Crimeia de Almeida, Edson Teles, Ernesto José de Carvalho (conhecido como Don Ernesto Guevara), Ivan Seixas, Jovelina Tonello do Nascimento e Paulo Fonteles Filho. O Jornal da Record começa às 20h30.

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