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Se Euclides Fernandes Távora participou mesmo da coluna Prestes não há certeza. Mas foi isso que ele contou a Chico Mendes.  Euclides, um comunista, foi o responsável pela alfabetização de Chico, no meio da floresta. No filme Chico Mendes – Cartas da Floresta há essa e outras passagens da vida do seringueiro.  

“Se o filho do seringueiro fosse para a escola ele iria aprender a ler, escrever e a contar. Ele ia descobrir a exploração que estava sendo feita. Isso não interessava ao patrão”, diz o narrador lendo uma das cartas de Chico, logo no início do filme.

Um dos momentos mais marcantes do documentário é a descrição de um Empate, realizado em 1976, pelos seringueiros. Os Empates tinham a intenção de evitar a derrubada de árvores da floresta e nesse caso, queriam evitar também a posse de parte da floresta por um fazendeiro. As mulheres, algumas delas professoras, decidiram que iriam à frente junto com as crianças porque pensavam que isso poderia evitar que os policiais atirassem. Quando se aproximaram, os policias tinham formado duas filas em posição de confronto. As professoras, sem terem combinado nada antes, começaram a cantar o hino nacional. O Tenente deu ordem para que os policias se colocassem em posição oficial para escutar o hino e ele próprio permaneceu em posição de continência.

O documentário foi realizado pela TV Câmara do Acre. Leia a resenha completa aqui.