[Redação – Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ)] Nesta terça-feira (14), dia em que se completa cinco anos do assassinato da ex-vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco, e de seu motorista Anderson Gomes, moradores da Ocupação Vito Giannotti penduraram uma faixa na fachada do prédio clamando por justiça para o caso sem respostas.
A ocupação é localizada na zona portuária do Rio de Janeiro e foi fundada em 2016, com o objetivo de dar função social a um prédio de propriedade do Instituto Nacional de Seguro Socia (INSS), abandonado há mais de 15 anos. O prédio originalmente era um hotel, o que torna evidente sua vocação para a moradia.
“Moradores organizados em movimentos sociais na luta pela moradia gritam por justiça e se solidarizam com os familiares”, disseram em nota enviada à imprensa.
Investigações
O assassinato de Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes, em 14 de março de 2018, é considerado o maior crime político da história recente do país e ocorreu seis meses antes da eleição presidencial vencida por Jair Bolsonaro (PL).
Agora, em 2023, a chegada de um novo governo, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se abre uma nova janela de esperança para amigos e familiares, que desde a noite do crime convivem com a pergunta: “Quem mandou matar Marielle?”.
Pelas investigações do assassinato já passaram cinco delegados e 10 promotores do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. Mas a pergunta segue aberta. No horizonte, um inquérito que segue em segredo, sem que as famílias de Marielle Franco e Anderson Gomes, ou a jornalista Fernanda Chaves, única sobrevivente do atentado, tenham acesso às informações.
Advogados dos familiares de Marielle Franco e Anderson Gomes impetraram um mandado de segurança, no Superior Tribunal Federal (STF), solicitando acesso ao inquérito.
“As autoridades têm a obrigação de solucionar esse crime. Minha mãe deve ser lembrada pela sua mobilização da dignidade e contra as injustiças, não por um crime sem respostas”, disse Luyara Santos, filha de Marielle Franco, em trecho de entrevista dada ao Brasil de Fato.
Edição: Mariana Pitasse