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Manifestantes na escadaria do Teatro Municipal contra a repressão policial

Nesta terça-feira, 1º de outubro, a Cinelândia esteve mais uma vez repleta de manifestantes. Profissionais da educação e apoiadores de sua luta estavam em frente à Câmara dos Vereadores para gritar contra o Plano de Cargos e Salários proposto pela Prefeitura para a rede municipal, que acabaria sendo aprovado no final da tarde por 36 votos a três em uma sessão bastante tumultuada. Antes da votação, nove vereadores haviam se retirado do plenário, em apoio à mobilização dos professores que estavam do lado de fora e contra a repressão da polícia. A principal crítica dos professores e funcionários da rede municipal é a de que o plano não atende as reivindicações da categoria, em greve há mais de um mês.

Professores correm da Cinelândia por causa das bombas lançadas pela polícia

Professores correm da Cinelândia por causa das bombas lançadas pela polícia

O que se viu foi mais uma cena da brutal violência do Estado, que respondeu com repressão contra os manifestantes. Desde às 16h era possível ouvir bombas de gás e balas de borracha perto do Centro da cidade. As bandeiras, faixas e palavras de ordem em defesa da educação foram substituídas por gritos e pela correria de quem estava lutando por seu direito. À noite espalhou-se a notícia de que uma professora teria morrido em decorrência dos efeitos do gás, mas o Sindicato dos Professores (Sepe) ainda não confirmou essa informação.

A equipe Rio na Rua, que estava cobrindo a manifestação e saiu para investigar, informou em nota que, “tendo acompanhado a ação da polícia na Cinelândia, sabemos que não se trata de um boato sem fundamento. O uso irresponsável de armas menos letais, assim como a conduta extremamente violenta da PMERJ inevitavelmente poderá resultar em uma tragédia”. Diretores do SEPE estão percorrendo hospitais para prestar assistência aos que se machucaram e logo entrarão em contato com mais informações.  Nesta sexta-feira os professores da rede municipal farão uma nova assembleia para debater a atual situação.

Nós, do NPC, prestamos total solidariedade à luta dos profissionais da educação do Rio.