[Por Claudia Santiago] Luciene, Débora, Zé Luís, Rodrigo. O que estas pessoas tem em comum? São vítimas da violência do Estado. Violência que é, de acordo com Maurício Campos, um dos organizadores da oficina que os reuniu no FSM, uma ação política. Uma ação política de um Estado que não consegue dar resposta às demandas da sociedade. Um Estado que usa a criminalização como forma de conter a pobreza seja nas favelas, seja nas cadeias. Luciene, Luciene, Débora, Zé Luís, Rodrigo são mães, pai e irmãos de vítimas do Estado que foi considerado culpado pelo Tribunal Popular realizado em São Paulo, em dezembro do ano passado.
O Tribunal considerou que houve violência estatal nos seguintes casos:
1. Caso do Complexo do Alemão no Rio de Janeiro.
2. Situação do sistema carcerário e as execuções sumárias da juventude negra pobre na Bahia
3. Crimes de maio/2006, histórico genocida de execuções sumárias, sistema prisional paulista, violência institucional e morte de jovens na Fundação Casa. Todos no estado de São Paulo.
4. Criminalização da luta sindical, pela terra e pelo meio-ambiente.
A mídia alternativa divulgou amplamente o Tribunal. Brasil de Fato, Caros Amigos, edição brasileira do Le Monde Diplomatiquè. Parece que estamos nos convencendo de que a organização do povo trabalhador passa pelo compartilhamento de sua luta cotidiana pela sobrevivência nas favelas e periferias das cidades.
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