Por que as novas políticas anti-checagem da Meta colocam a democracia em risco
[Por Renata Mielli – publicado na Carta Capital] Não demorou mais do que 24 horas após a certificação da vitória de Trump pelo Congresso americano para que Mark Zuckerberg anunciasse mudanças nas políticas da Meta. Em um vídeo publicado na manhã desta terça-feira 7, ele afirmou que a Meta vai “retaurar a liberdade de expressão” e “acabar com a escalada de censura” que vinha sendo imposta por governos na Europa, Ásia, América e até mesmo pelo governo estadunidense. Zuckerberg foi explícito ao afirmar que o apoio do governo Trump será decisivo para que sua companhia corrija a rota de suas políticas, de modo que a missão messiânica de suas criações seja cumprida – dar “voz” às pessoas. “Vamos trabalhar com o presidente Trump para pressionar os governos ao redor do mundo que estão impondo mais censura às plataformas”, declarou. Mais uma vez, o argumento da liberdade de expressão é usado como cortina de fumaça para defender o modelo de negócios das plataformas e uma visão ultraliberal que protege discursos de ódio, misoginia, racismo e negacionismos – fatores que têm impulsionado a ascensão da extrema-direita no mundo. Zuckerberg assume explicitamente sua posição política no novo contexto internacional, elevando o tom ao atacar a soberania de países e se sentindo “protegido” pela nova política do governo estadunidense, que fortalece Elon Musk e outros expoentes da extrema-direita mais agressiva. Tudo isso em nome da liberdade de expressão. Mas será mesmo? Zuckerberg anunciou cinco medidas que serão implementadas primeiro nos Estados Unidos e, em seguida, em outros países. Abaixo, cada medida é detalhada com uma breve análise. | Continue lendo.
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