Autor: Luisa Vieira

Por Eleanor, filha de Karl Marx, sobre “felicidade e revolução”

“É curioso mas acredito que muita gente não compreende o quanto a noção de felicidade é importante para os socialistas, como ela está no coração mesmo do pensamento de Marx. É ela, afinal, o grande objetivo final de nossa luta, a felicidade – não como simples busca do prazer individual – mas como auto-realização do ser humano. O direito que cada indivíduo tem de poder expressar e realizar suas capacidades, realizar-se, colocando sua humanidade no que faz, seja o que for: um objetivo, uma lavoura, uma obra de arte. Que todos possam ser felizes, efetivando suas capacidades e fazendo parte de uma coletividade, um grupo que os reconhece como seus. Muitas pessoas nem sempre associam o “livre desenvolvimento de cada um como condição para o livre desenvolvimento de todos” à noção de felicidade do indivíduo. Não entendem que esse “livre desenvolvimento” de cada um é, justamente, a condição para que se possa ser feliz. Ou pensam que isso é coisa do futuro e deve ser deixada para o futuro. Não se dão conta de que ser feliz é algo para ser buscado no presente; que não deve ser uma utopia, mas algo necessário, agora, algo para ser tentado desde já, algo que nos faz melhores como pessoas e, portanto, mais capazes de enfrentar a longa luta. Não creio que seja um exagero quando penso que a beleza da vida, a alegria de viver é o que deve nos guiar e é o que nos pode dar alguma força. Que a revolução significa não apenas a busca da vida e da liberdade, mas a busca da felicidade.” (Eleanor Marx, Carta à Olive Schreiner, 1897. Do livro )

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Por Julia O’Donnel, antropóloga paulistana

“A presença da polícia nas praias também é uma questão interessante. É uma longa relação da praia carioca com a polícia. A notícia de que vão revistar ônibus vindos da Zona Norte, por exemplo, caberia perfeitamente nos jornais que pesquisei em 1922. É a “taioba”. Os suburbanos podem ir à praia? Podem, mas são malvistos, maltratados”

Trecho da entrevista concedida ao jornal O Globo, na qual afirma que “praia democrática é mito”.

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Dom Waldyr Calheiros: UM BISPO DO POVO TRABALHADO, PRESENTE!

No dia 30 de novembro fomos surpreendidos pela notícia da morte de Dom Waldyr Calheiros, símbolo de resistência e dedicação às causas sociais no Brasil. Era grande defensor dos princípios da Teologia da Libertação e incentivador das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), de movimentos populares e das pastorais sociais. Ex-bispo católico brasileiro e bispo emérito da Diocese de Barra do Piraí-Volta Redonda, ficou conhecido por seu engajamento no período da ditadura civil-militar brasileira, quando deu abrigo e auxiliou perseguidos políticos. Também apoiou lutas sociais e movimentos de trabalhadores. Em 1988, quando houve a greve na Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), adotou posição favorável aos operários e abrigou líderes do movimento. Também celebrou uma missa de velório de Walmir, Barroso e William, os três trabalhadores mortos pela repressão. / Continue lendo.

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Julinho de Grammont: um marxista grande jornalista sindical dos anos 70 e 80

Julio de Grammont não foi só jornalista sindical. Ele é o típico representante de uma leva de jornalistas que durante a Ditadura fizeram um jornalismo militante clandestino de esquerda e com o avanço das lutas populares/sindicais passaram a ser jornalistas sindicais. Na PUC/ SP foi homenageado no dia 9 de dezembro em um evento da CUT por sua condição de editor do ABCD Jornal, da Ala Vermelha. Durante a greve dos metalúrgicos de São Bernardo, em 79/80, o jornal passou a ser o canal de informação diária da categoria em greve. Nos anos 80 será um baluarte da imprensa sindical, que foi a grande ferramenta de mobilização de milhares de greves na década recorde de greves na história do Brasil.

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19º Curso Anual promove debates sobre mídia e poder no Brasil e no mundo hoje

De 20 a 24 de novembro, foi realizada a 19ª edição do Curso Anual do NPC. Foram cinco dias de intensos debates sobre a comunicação hegemônica e a dostrabalhadores, resistência das classes populares, a importância da regulação dos meios de comunicação, o discurso do medo como controle social, a internet e as mobilizações da juventude, experiências de comunicação sindical, grandes reportagens e outros temas. Ao final, foi exibido o documentário “1964: um golpe contra o Brasil”. Dirigido por Alípio Freire, o filme foi feito para ser exibido no próximo ano, quando se completam 50 anos do golpe. Confira, abaixo, como foi o curso. A cobertura completa está disponível em https://nucleopiratininga.org.br/curso2013/

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